'NÃO PODERÍAMOS FICAR FORA
Às
vésperas de
completar 40 anos, a Empresa Brasileira de Distribuição, EBD, uma das maiores empresas de distribuição do
Brasil, já se preocupa com horizonte de muitos anos a frente, numa
jornada que para a companhia terá como vencedores quem estiver preparado
para atender novas demandas como o e-commerce,
entrega mista, logística reversa de trocas e merchandising, além de
fretes integrados ou compartilhados. Nova associada da Abralog, a EBD
fala sobre o cenário atual, na entrevista que segue, com Adriano Maeda,
diretor de logística da corporação. "Não podíamos
ficar fora da Abralog", afirma.
Em termos de logística, o que faz o Grupo EBD no Brasil?- O Grupo EBD é responsável pela distribuição dos produtos das indústrias
que nos contratam para vender e distribuir até os pontos de vendas em
diferentes canais. Quando falamos de logística, tudo se inicia com o
agendamento dos pedidos que serão nosso input,
para recebimento-armazenagem, organização, controle de shelf-life e
posteriormente separação e conferência para distribuição até o ponto de
venda. Nosso prazo de entrega nas capitais é de 24 horas e para o
Interior, o lead time varia de acordo com a distância.
Hoje estamos presentes em 9 Estados e atendendo mais de 45 mil clientes
mensalmente.
Como a empresa vê o futuro imediato, ou seja, que planos tem para os próximos 5 anos?-
A empresa vislumbra um bom crescimento nesse segmento de bens de
consumo e o diferencial para esse crescimento será quem estiver
preparado para atender novas demandas que estão vindo,
como por exemplo: e-commerce, entrega mista, logística reversa de
trocas e merchandising e fretes integrados ou compartilhados. O nosso
plano estratégico é melhorar a eficiência dos nossos processos tendo
como premissas a melhoria contínua e redução constantes
de custos, ou seja, fazer mais com menos e concomitantemente se
antecipar às novas demandas e tecnologias.
Nestes 5 anos, o que acha que vai mudar na distribuição brasileira em termos de mercado? - A tecnologia é a
norteadora desse processo na minha opinião. Assim como o Uber está
transformando as relações de mercado de transporte pessoal,
especialmente em relação ao custo para o usuário, o mesmo irá acontecer
com a distribuição brasileira nos próximos anos. Estamos
no meio do processo de transformação e há muita oportunidade para todos
da cadeia, pois temos muitos gargalos e problemas a serem resolvidos.
E em termos de organização logística? Como vê a intralogística? - Em relação a intralogística, temos um controle
dos fluxos de entrada e saída bem desenvolvidos, bem como o controle de
shelf-life dos produtos com o WMS interno. Porém, sempre há
oportunidade de melhoria, pois nosso mercado é muito dinâmico e a cada
momento demanda um novo controle ou informação nova.
Quando à infraestrutura, temos o que existe de melhor no mercado de
porta-paletes, paleteiras (manuais e elétricas), empilhadeiras,
caminhões de pequeno, médio e grande porte (refrigerados e congelados).
Além disso, dispomos de um bom sistema para roteirização
dos pedidos e um monitoramento das entregas do que foi roteirizado com
foco total em produtividade, aspectos que garantirão a nossa
rentabilidade e crescimento.
Aos 40 anos, há muito o que se comemorar... - Muitos motivos para comemorar: Uma história repleta de dedicação,
persistência, trabalho duro e honesto e resiliência em um mercado que
muitos começaram e não estão mais. Reflexos disso é a parceria de 37
anos com a Nissin (por exemplo) e com outras grandes multinacionais.
Assim, 2017 será um ano muito especial para a EBD
pelas conquistas que já fizemos e pelas que iremos fazer nos próximos
40 anos.
Por que o EBD se associou à Abralog? - No fórum de discussão organizado pela Abralog durante a Movimat,
pudemos
ver como foram valiosos os temas discutidos e o quanto eles refletiam a
nossa realidade diária. Uma empresa do tamanho da EBD não poderia ficar
fora dessas discussões, treinamentos e possíveis decisões.
Na sua opinião,
como está a logística brasileira? - A logística brasileira está devendo se compararmos com logísticas de
outros países como EUA, Alemanha, Espanha, Noruega, Canadá, Austrália...
Temos muitas normativas que prejudicam o desenvolvimento na velocidade
que se necessita e ao mesmo tempo um mercado paralelo que atrasa ainda mais. O bom é que estamos nesse processo de
transformação, com auxílio da tecnologia, de cientistas e de pessoas que
querem e atuam dia após dia para essa evolução.
Como seria a logística se tivéssemos a multimodalidade? - Esse é o futuro! Flexibilidade, agilidade, rapidez
e principalmente, baixo custo para usuário final.
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