A Associação Brasileira de Logística (Abralog) divulgou nesta quarta 20 de junho de 2018 a terceira edição da pesquisa Visão Geral de Fretes Brasil. A pesquisa, concluída antes da paralisação dos caminhoneiros, mostra que a greve era esperada, mais dia ou menos dia. Ou seja, apenas uma questão de tempo.
O levantamento foi realizado pelos associados RC Sollis e GKO Frete. O trabalho ouviu embarcadores e transportadoras. Os embarcadores reduziram pelo terceiro ano seus gastos com frete. Foram ouvidos embarcadores que representam R$ 180 bilhões/ano em mercadorias expedidas, R$ 3,5 bilhões/ano de gastos com frete, valor médio do kg da mercadoria de R$ 22,60 e 7,90 milhões toneladas/ano movimentadas. As transportadoras pesquisadas respondem por 5,5 milhões de toneladas movimentadas por ano e 15 milhões de entregas.
Segundo Celso Queiroz, da RC Sollis, a pesquisa ouviu cerca de cem embarcadores (indústrias, supermercados e redes de varejo), que usam o transporte para produtos de alto valor, como remédios, cosméticos, autopeças e eletrônicos. Ou seja, setores que demandam serviço de melhor qualidade e onde o custo do frete pesa menos que no caso de mercadorias de valor mais baixo.
Ricardo Gorodovitz, que coordenou a pesquisa pelo lado da GKO, mostrou que o estudo detectou ser o custo do frete fator mais importante no momento que o prazo de entrega. Segundo ele, a pesquisa mostra ainda que as transportadoras esperavam ter uma retomada dos preços em 2018, mas as expectativas foram frustradas porque os embarcadores continuaram reduzindo suas verbas para fretes.
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