BLOCKCHAIN, O NOME DO FUTURO
O futuro imediato da logística atende pelo nome de Blockchain e promete ser uma revolução que vai transformar rapidamente tudo o que está proposto hoje em dia. A Associação Brasileira de Logística, por meio do Comitê de Tecnologia, fez seu primeiro evento sobre o tema mostrando o que é essa nova ferramenta e do que ela é capaz. Na foto, da esquerda para a direita, Stefen Rehm (Intelipost), Regina Helena Fresson Nori (IBM) e Fúlvio Xavier (Smartchains).
"Blockchain é uma tecnologia universal e entre suas principais características estão a confiança e a transparência. É um conjunto de tecnologias com impacto na cadeia de suprimento. O benefício não está no Blockchain, mas na própria cadeia”, explicou Fúlvio Xavier, CEO da Smartchains, na palestra que abriu o evento. Xavier mostrou as características principais, os benefícios e a forte relação do Blockchain com a IoT, sigla em inglês de Internet of Things.
Regina Helena Fresson Nori, líder da área de relacionamento tecnológico para clientes da IBM, falou em seguida sobre transformação e inovação na cadeia de suprimento com o uso do Blockchain. Ela informou que a IBM já contabiliza mais de 400 casos reais e usou desta imagem para explicar o que é a ferramenta: "Um conduit do que acontece no underground da tecnologia”.
Citou usos no transporte marítimo de contêineres, rastreamento de diamantes, roubo de bicicletas, entre outros.
Um desses cases referia-se ao esforço para evitar os transtornos causados pela ingestão de alimentos que de alguma forma provocam males às pessoas.
Foi então criada uma fonte confiável de informações e rastreabilidade para melhorar a transparência e eficiência da rede de alimentos pesquisada, o que se fez por meio do compartilhamento de documentos de conformidade, resultados de testes e certificados de auditoria, tudo com a finalidade de reduzir o impacto dessas doenças. O sistema era acompanhado por todos os envolvidos em tempo real. Para se ter ideia, a ingestão alimentícia como causa de doença acomete uma em cada 10 pessoas, com cerca de 400 mil casos fatais por ano.
A última palestra foi exposição comandada por Stefan Rehn, CEO da Intelipost, que apresentou diversas aplicações em andamento no Brasil. A Intelipost foi fundada em 2014, conta com 60 funcionários, que gerenciam cerca de 3 milhões de entregas por mês por meio de TMS Cloud.
O pagamento de fretes foi um dos cases que o CEO da Intelipost apresentou. O tema, disse, tem precificação complexa, gera disputa sobre o valor exato e costuma apresentar longo prazo de resolução. Com o Blockchain, não! Há uma única visão dos custos e a reconciliação é automática.
Rehn fez um retrospecto da tecnologia nas últimas quatro décadas, desde o surgimento do fone-fax nos anos 80, o surgimento do EDI (Electronic Data Interchange) na virada do século, a "Application Programming Interface" (API) dos dias de hoje, um conjunto de padrões de programação que permite a construção de aplicativos, e o futuro, que já está batendo a nossa porta. Esse futuro é o Blockchain, disse Stefan Rehn.
O evento foi apoiado pela IBM, Smartchains, Intelipost. A IBM apresentou numa maquete (foto) a simulação da distribuição de um produto entre a indústria, o centro de distribuição e o varejo, por meio de transporte ferroviário.
Todas as partes envolvidas, como ocorre no blockchain, tinham acesso em tempo real à operação, no caso o transporte de uma carga frigorificada.
Para registrar um ponto de não-conformidade do sistema, a simulação em certo momento alterava a temperatura, o que imediatamente acusava o problema para todos os envolvidos no processo.
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