FRETE AFETA MUITO E-COMMERCE
Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) durante a XIX CNL revela que a participação do custo com logística aumentou em relação a 2013, quando era de 58%, passando agora para 62,6%. Custos que baixaram: armazenagem (19%, ante 23%) e manuseio - era 19% em 2013 e caiu para 17,5%. Em decorrência disso, aumentou o número de lojas virtuais
que repassam ou dividem o custo do frete com os clientes.
De acordo com a pesquisa, houve crescimento de lojas virtuais com
armazenagem própria. Agora, 89,6% das lojas entrevistadas têm armazenagem
própria, contra 82% em 2013. Custo mais baixo e maior controle sobre a
operação são as principais vantagens. Baixa elasticidade em datas
sazonais e menor poder de barganha com transportadoras são as
desvantagens. Empresas com armazenagem terceirizada conseguem operar a
partir de outros estados, aproveitando-se de incentivos fiscais. Nesse levantamento foi incluída uma pergunta para avaliar o volume de
lojas virtuais que trabalham com estoques consignados (drop shipping),
modalidade que deve ser tendência em tempos de crise. De acordo com a
pesquisa, 19,8% das lojas usam essa modalidade como parte de seu
catálogo de produtos, 6,0% com todo o seu catálogo e 74,2% ainda não
utilizam.
Outro aumento detectado foi de lojas virtuais que utilizam
transportadoras privadas (35% em 2013 e 42,7% em 2015) em detrimento ao
uso dos Correios (93% em 2013 e 87,5% este ano). O uso de frota própria
também apresentou queda entre as lojas virtuais (13% contra 10,9% em
2015).
A pesquisa identificou que o principal problema enfrentado pelas
lojas virtuais frente aos Correios é o atraso na entrega. A demora e o
mau atendimento também aparecem em destaque. Outro problema grave é a
falta de segurança: furtos e extravios ocorrem com frequência.
Na contramão do avanço tecnológico, o prazo médio de entrega aumentou
em média 35% nas principais capitais brasileiras. As lojas virtuais
perceberam que prometer prazos de entrega apertados pode significar
problemas de reclamação, arranhões em sua imagem nas redes sociais e até
mesmo processos jurídicos. Em alguns casos, como no Rio de Janeiro,
percebe-se que há problemas graves com as entregas.
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