APRESENTAÇÃO RIO 2016
A apresentação feita por Fernando Cotrim (foto), diretor de
supply chain da Olímpíada 2016, na solenidade de comemoração do dia da logística, pode ser vista aqui. Ele começou sua apresentação sobre a
logística dos jogos lembrando que a olimpíada é a maior operação
logística em período de paz. Cotrim citou números extraordinários: o evento em sua parte logística
vai movimentar 30 milhões de ítens, os alojamentos têm 32.362 camas em
40 mil espaços que tiveram de ser mobiliados. Só a parte de rua do
evento exigirá o uso de 250 quilômetros de vias.
A Abralog já visitou o comando das operações logísticas e aqui segue um relato.
Todo
o material a ser utilizados nos Jogos Rio 2016, nas arenas de
competição, ou na Vila dos Atletas, serão armazenados em dois centros de
logística, um localizado em Duque de Caxias, e outro na Barra da
Tijuca. Juntas, as instalações ocuparão uma área de 87 mil metros
quadrados. Os galpões de Caxias têm 40 mil metros cada, mas 8 mil foram
cedidos para empresas patrocinadoras dos Jogos. "O Centro da Barra (15
mil metros quadrados) servirá exclusivamente para armazenar o mobiliário
da Vila Olímpica”, explica o diretor de Logística dos Jogos, Fernando
Cotrim.
A
operação nos momentos de maior atividade – três meses antes e três
meses depois dos Jogos – deve reunir cerca de 1.500 trabalhadores para
receber e despachar um total aproximado de 30 milhões de itens, dos
quais cerca de 980 mil só de equipamentos esportivos. O Comitê
Organizador dos Jogos planeja desembolsar cerca de R$ 3 bilhões na
aquisição de materiais e na contratação de serviços. "Existem coisas que
estamos providenciando que eu nem sabia que existiam. Por exemplo:
teremos de comprar uma cola que é utilizada pelos atletas do handebol
para garantir maior aderência da mão à bola”, ressalta Cotrim.
O local do principal centro de logística, Duque de Caxias, foi uma
escolha estratégica. "A gente começou a busca em 2011”, relembra Cotrim.
"Então encontramos esta região e um parceiro disposto a construir algo
que se adequasse às nossas necessidades. O espaço é alugado. Ao fim dos
Jogos o construtor vai retomar a área e poderá alugá-la para outros
clientes”, explica Cotrim. O local conta com segurança privada 24 horas.
O
chamado desembaraço alfandegário é outro trabalho minucioso e
importante dos trabalhadores do centro de logística. "Envolve 12
entidades governamentais diferentes, como Anvisa, Receita Federal,
Polícia Federal e Exército”, diz Cotrim. O relacionamento com a Receita
Federal é o mais intenso e começou em 2011. "Finalizamos nosso manual,
que é fruto de quatro anos (de trabalho), e a gente espera ter o mínimo
possível de problemas”.
Outro desafio será ter o controle de tudo o que será armazenado e
transportado por 170 caminhões e 2 mil equipamentos de movimentação
(prateleiras, empilhadeiras, tratores, guindastes e outros). Os contêineres no Centro de Logística do Rio 2016 serão
organizados horizontalmente em cerca de 200 corredores, e verticalmente
em sete andares. Serão 26 mil posições de porta-paletes e alguns itens poderão ser reorganizados internamente criando
novos contêineres com equipamentos necessários para envio a um local
específico.
A organização é informatizada. Cada item é identificado com
um número, um código. Assim, é possível controlar o que
há em cada contêiner, onde ele está e se algo foi remanejado
internamente. Fotos: Mário Águas (Fernando Cotrim) e Divulgação.
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