ABRALOG NA REVISTA ESPECIAL DO JORNAL VALOR ECONÔMICO
A edição de setembro, que circula hoje com o jornal Valor Econômico, tem a Associação Brasileira de Logistica em destaque, logo no texto de abertura do número especial. A publicação é dedicada ao imbroglio decorrente da greve dos caminhoneiros e seu título é: "A hora do ajuste".
"A greve dos caminhoneiros fez cessar um ciclo de retomada da economia, cenário que o governo, com "rara habilidade", conseguiu agravar ainda mais, ao colocar em contagem regressiva uma bomba-relógio que não se sabe quando vai explodir, mas se sabe, em boa medida, o estrago que fará", disse o presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, na entrevista concedida à publicação.
Na visão de Pedro Moreira, diz o Valor, o excesso de oferta no mercado de transporte de cargas torna o tabelamento inócuo, "principalmente nos trechos ou áreas de carga em que a ação do governo tornou os preços muito maiores".
De acordo com o presidente da Abralog, o mercado tenta se ajustar, buscando outros modais como alternativa não só para reduzir custos, mas também para aumentar a capacidade de movimentação de cargas. "É o caso da Aliança Navegação, cujas operações de cabotagem, com serviço porta a porta, têm crescido substancialmente, a ponto de ser procurada até por clientes com perfil de cargas urgentes", disse Pedro Moreira. A Aliança Navegação, também ouvida na edição especial do Valor, é associada da Abralog.
Para o presidente da Associação Brasileira de Logística, a alternativa tem se mostrado consistente, tanto que o serviço de cabotagem, combinado com outros modais, tem crescido a taxas de dois dígitos.
"Vamos continuar a ver aumento da migração de volumes para esse segmento, com incremento do uso da ferrovia, além da participação da rodovia nas pontas. Terminais e fábricas estão se adaptando para movimentar contêineres", concluiu Pedro Moreira.
Marcelo Arantes, diretor de Supply Chain do Grupo Pão de Açúcar, um dos sócios-apoiadores da Abralog, foi também ouvido pelo Valor. Para ele, caso a versão atual da tabela seja mantida, "teremos de compensar o impacto com uma agenda agressiva de produtividade", de forma a evitar que os custos recaiam para os clientes finais".
Ele destacou que ainda haverá uma fase imediata de confirmação da tabela e de segurança jurídica em função das diversas inconsistências que a medida contém. "Sanadas as dúvidas, passaremos a uma fase de implementação da tabela e gerenciamento dos impactos nos custos", observa. "Será um segundo semestre com muitos desafios".
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